quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Piedade

 18 de setembro, 20h

Colégio Visconde de Porto Seguro - Unidade II

Entrada franca

domingo, 7 de junho de 2009

Correspondência Política

“Eu queimaria pessoalmente qualquer livro israelense que se encontrasse nas bibliotecas do Egito.”

Esta frase foi pronunciada ano passado pelo ministro da cultura egípcio Farouk Hosny, que é candidato a cargo de presidente da UNESCO, órgão que se preocupa com a educação, ciência e cultura. Mas quem apoiaria um sujeito desses, figura de um governo militar a 20 anos no poder?

Mesmo podendo lançar um candidato próprio, o Brasil está apoiando o ministro da incultura egípcio, Tentando justificar o injustificável, o Itamaraty disse que isso poderia ser utilizado de barganha para futuras negociações com os governos árabes.
O problema é que até mesmo um grande número de países árabes é contra a candidatura de Farouk Hosny.

Franklin Martins disse que “o apoio é coerente com a política brasileira de aproximação com o mundo árabe”.
E é mesmo: depois de defender o programa nuclear iraniano é bem coerente mesmo que Lula apoie um anti-semita vindo de um governo autoritário.
Ahmadinejad, ditador do Irã não veio ao Brasil. Mas quem sabe Farouk Hosny aceite o convite e consiga estragar ainda mais a imagem da diplomacia brasileira no mundo.

Eduardo Fantin, atrasadão, reacionário e caretão!

Abraços!

sábado, 30 de maio de 2009

Parênteses

O som do Universo

Noite fria, comida boa, chá quente. O céu cintilava e a luz era escassa. Apenas algumas velas espalhadas sobre as mesas cheias de gente iluminavam mornamente os rostos satisfeitos. As constelações passeavam ao seu redor. Mas ainda assim, o frio da noite lhe penetrava até os ossos. Olhou para o céu.

Era engraçado, isso, pensava. O tamanho que se tem por dentro e por fora (Apurou os ouvidos - alguém dizia algo sobre os anéis de saturno - por eles flutuavam partículas invisíveis a olho nú e rochas do tamanho de ônibus - o universo era de fato magnífico!). Certa vez ela vira uma estrela, que mais tarde ficou sabendo que eram duas: estavam tão perto uma da outra que aparentavam ser a mesma. Estavam tão próximas, mas distantes o suficiente para que coubessem entre elas três ou quatro planetas com suas respectivas órbitas. A que distância, então, estaria ela, de fato, das pessoas ao seu lado? Mas naquele momento ela era do tamanho de todo o universo. Ou do tamanho de toda aquela imensidão acima de sua cabeça. Eu sou do tamanho do que vejo e não do tamanho de minha altura*, pensou. Umas crianças mal-criadas corriam por ali. O canto das cigarras lhe enchia os ouvidos, e ela pôs na boca uma colher da sobremesa. Saborosa. Mas o calor do aquecedor em forma de poste no centro do ambiente não chegava até ela. E como fazia frio!

Levantaram-se quando as conversas triviais cessaram, a sobremesa chegou ao fim e alguém se encarregou de pagar a conta. Adentrou o salão; ali sim, era possível permanecer sem que a noite se lhe infiltrasse pelas roupas. Só as estrelas que não cintilavam mais.

Havia por ali uma lareira acesa enconstada à parede, de onde emanava todo o calor do ambiente, e de cuja proximidade vinha uma melodia; uma melodia quase entorpecente. Era um violão que chorava encostado ao peito de um rapaz que cantava algo sobre beija-flores e saudades. Era o som do universo, pensou. Encostou-se numa pilastra e ficou ali, a observá-lo. Todos no recinto conversavam de costas para o rapaz do violão e aplaudiam quando terminava uma canção, mas era ela, de fato, a sua única espectadora. Lá, mi, fá sustenido, ré... Notou-a. E no momento em que nela fixou seus olhos, selou-se entre os dois um acordo tácito: ele cantaria para ela, somente para ela e ela, naquele instante infinito, só teria olhos para ele. As rimas da canção desconhecida a abraçavam longamente e cada nota do complexo dedilhado era como uma labareda que aquecia mais do que o fogo propriamente dito, e a resgatava do gelado incessante daquela noite. Fechou os olhos e sorriu; quando os abriu, alguém a chamou. Precisava ir. Não desejava partir, mas agradeceu-o com um último olhar, vestiu o casaco e saiu. Era mesmo uma noite, muito, muito fria.
*Caeiro, Alberto "O Guardador de Rebanhos", poema VII.
Por Giovana Nunes

terça-feira, 26 de maio de 2009

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Doutrinação Escolar


Numa sociedade livre, as escolas deveriam funcionar como centros de produção e difusão do conhecimento, aberta ao maior número possível de perspectivas de investigação e assim, ser capaz de mostrar aos alunos a realidade.

No Brasil, entretanto, boa parte das escolas, tanto públicas, como particulares, lamentavelmente já não cumpre esse papel. Vítimas do assédio de grupos e correntes político-ideológicas com visões claramente unilaterais, essas escolas se transformaram, nos últimos anos, em meras caixas de ressonância das doutrinas e das agendas desses grupos e dessas correntes.

Hoje, o "politicamente correto" proíbe a menor menção vexatória a religiões, culturas, raças, opções sexuais. Mas não demonstra o menor escrúpulo em ridicularizar partidos políticos, lideranças e autores que não rezem segundo a cartilha esquerdizante. Os métodos de constrangimento vão do sorriso malicioso à perda de pontos por resposta discordante da doutrina do respectivo professor. No discurso se propaga a intenção de "formar o cidadão crítico", na verdade a crítica já vem pronta, pré-fabricada, apontando os vilões e suas heróicas vítimas.

Prova que a doutrinação em salas de aula é um caso sério, veja o seguinte jogral, presente na apostila de História de uma grande rede de escolas:

"Como se conjuga um empresário: vendeu, ganhou, lucrou, lesou, explorou, burlou... convocou, elogiou, bolinou, estimulou, beijou, convidou... despiu-se... deitou-se, mexeu, gemeu, fungou, babou, antecipou, frustrou..."

Essa escola predispõe seus alunos contra o sistema de distribuição de riqueza que é a base dos sistemas democráticos, e não demonstra o outro ponto de vista para a análise crítica do estudante.

Mais absurdo ainda foi o dono da rede de escolas, um empresário(!), processar a ONG que publicou na internet o grosseiro erro.

É certo que todos, cientistas, professores, jornalistas, políticos tem opiniões discordantes e isso que nos faz uma sociedade democrática. Mas quando se trata de educar nossos jovens, os educadores deveriam proporcionar diversas fontes e materiais contendo o maior número de opiniões possíveis, formando assim, cidadãos conscientes.

Por Eduardo Fantini

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Troca de Fluidos

Engajamento teórico

“Fala muito e faz pouco”. Essa tão antiga, quanto usada, máxima, é muito conhecida nos meios populares, sendo aplicada, atualmente, em lamentável demasia, pelos mais variados grupos; dentre esses, pode-se destacar os políticos, pastores, representantes em geral, e a mais nova espécie de pseudo-filantropos: as celebridades engajadas em causas pró humanidade.

Em se tratando de belos discursos eloqüentes e comoventes, esse grupo é certamente perito. Não obstante, esse engajamento, infelizmente, se faz único e exclusivamente teórico. Haja vista os meios de se alcançar tal objetivo, que quando se tem astros da mídia como referência, são praticamente inexistentes.

A enorme influência causada por esse célebre grupo, sobre os ordinários, é inegável. Não se pode omitir o fato de que, as “estrelas”, dando um bom exemplo de como se portar diante dos problemas sociais, políticos, econômicos, ambientais; acabam por conscientizar o povo, sobre um triste quadro que se apresenta. Não deixando os problemas caírem no esquecimento, eles fazem com que os políticos, a quem compete essa responsabilidade social, sejam lembrados freqüentemente e, por conseguinte, seja possibilitada a atuação dos mesmos sobre os infortúnios da humanidade (o que nem sempre acontece).

Muito bom seria, se fosse digno esse engajamento nas causas humanitárias. Porém, o que se pode perceber em relação às pessoas com esse demasiado anseio filantrópico, é uma enorme intenção de autopromoção de imagem, fazem as famosas boas-ações e se tornam “bem vistas” diante do público, residindo aí o grande problema. O sujeito pode até ter uma boa intenção, entretanto, quando são sinceros os votos de participação nessas causas, sua contribuição para tal é ínfima.

Para que essa sociedade faça a diferença, de fato, com suas causas; é necessária uma maior participação dos representantes políticos, atuando mutuamente com as celebridades, na resolução dos problemas que tanto nos afligem. Apenas desse modo, esse grupo que tanto discursa, irá começar a agir realmente.


por Bruno Lima

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Manchete

Escândalos, Política e a Juventude

A política está definitivamente difamada. Os jornais das últimas semanas concorriam para ver quem publicava o maior escândalo do Congresso. Deixou-se claro, aquilo que todos já sabiam, mas mesmo assim mostram-se surpresos: os senadores e deputados, não apenas um ou dois, mas dezenas deles, realizam uma verdadeira festa com o dinheiro público.

Há aqueles que veem os fatos com certo otimismo, acreditam nas mudanças que as descobertas podem acarretar. Apontam também, que tudo que está estampado nas manchetes é nada mais do que o esclarecimento daquilo que sempre foi feito, ou seja, tamanhos abusos estiveram presentes em toda a história da política. As denúncias representam então uma vitória, uma demonstração da vontade popular de maior transparência e honestidade.

Por outro lado, há os que desejam apenas revoltar-se e estampar sua indignação em um voto nulo na próxima eleição.Esse fato gera um novo debate: questiona-se sobre a falta de candidatos competentes e éticos e à respeito do descaso da população em pesquisar e direcionar seu voto de maneira consciente.

Realmente, a quantidade de políticos envolvidos na corrupção é gigantesca, levando ao descrédito generalizado. Por outro lado, o número de eleitores que entram em sites, como o do Tribunal Eleitoral de Justiça, procuram saber sobre o passado e as propostas detalhadas dos candidatos e até mesmo assistem ao Horário Eleitoral é baixíssimo. Além disso,é cada vez menor a porcentagem de jovens que visam seguir carreira política. Resumindo, há um desinteresse de maneira geral.

Uma interpretação comum é de que a própria falta de políticos honestos seja a causa do descaso popular. O contrário seria também uma explicação possível, ou seja, o descaso popular na hora do voto seria a causa da quantidade de políticos corruptos. É a velha quesrão do ovo e da galinha. Porém, ao invés de insistir nesse dilema e simplesmente desacreditar na política, essa é a hora de fazer o que está no alcance do povo: sair às ruas, exigir transparência , envolver-se, engajar-se, conhecer e procurar soluções.

É esse o momento de principalmente a juventude perceber que será a percursora da mudança que tornará a política brasileira mais politicamente correta.

Por Juliana Valente Zero