segunda-feira, 27 de abril de 2009

Manchete

Escândalos, Política e a Juventude

A política está definitivamente difamada. Os jornais das últimas semanas concorriam para ver quem publicava o maior escândalo do Congresso. Deixou-se claro, aquilo que todos já sabiam, mas mesmo assim mostram-se surpresos: os senadores e deputados, não apenas um ou dois, mas dezenas deles, realizam uma verdadeira festa com o dinheiro público.

Há aqueles que veem os fatos com certo otimismo, acreditam nas mudanças que as descobertas podem acarretar. Apontam também, que tudo que está estampado nas manchetes é nada mais do que o esclarecimento daquilo que sempre foi feito, ou seja, tamanhos abusos estiveram presentes em toda a história da política. As denúncias representam então uma vitória, uma demonstração da vontade popular de maior transparência e honestidade.

Por outro lado, há os que desejam apenas revoltar-se e estampar sua indignação em um voto nulo na próxima eleição.Esse fato gera um novo debate: questiona-se sobre a falta de candidatos competentes e éticos e à respeito do descaso da população em pesquisar e direcionar seu voto de maneira consciente.

Realmente, a quantidade de políticos envolvidos na corrupção é gigantesca, levando ao descrédito generalizado. Por outro lado, o número de eleitores que entram em sites, como o do Tribunal Eleitoral de Justiça, procuram saber sobre o passado e as propostas detalhadas dos candidatos e até mesmo assistem ao Horário Eleitoral é baixíssimo. Além disso,é cada vez menor a porcentagem de jovens que visam seguir carreira política. Resumindo, há um desinteresse de maneira geral.

Uma interpretação comum é de que a própria falta de políticos honestos seja a causa do descaso popular. O contrário seria também uma explicação possível, ou seja, o descaso popular na hora do voto seria a causa da quantidade de políticos corruptos. É a velha quesrão do ovo e da galinha. Porém, ao invés de insistir nesse dilema e simplesmente desacreditar na política, essa é a hora de fazer o que está no alcance do povo: sair às ruas, exigir transparência , envolver-se, engajar-se, conhecer e procurar soluções.

É esse o momento de principalmente a juventude perceber que será a percursora da mudança que tornará a política brasileira mais politicamente correta.

Por Juliana Valente Zero

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