domingo, 28 de setembro de 2008

Editorial

Ctrl+C, Ctrl+V

Wikipedia, a enciclopédia. Youtube, o cinema. Globo.com, a televisão. Folha Online, o jornal. Flicker, o álbum fotográfico. Blogger, o diário. Uol, a revista. Msn, o diálogo. Skype, o telefone. Google, a biblioteca. Tudo isso reunido em um só local: a Internet.

É inegável a quantidade de informação disponível na rede. Deve-se admitir que essa realidade trouxe consigo uma série de benefícios, dentre os quais um se destaca: hoje em dia é possível obter uma visão panorâmica sobre todos os assuntos, sem precisar de muito mais que alguns cliques para isso. No entanto, há de se afirmar que, sem dúvida nenhuma, a avalanche digital proporciona a superficialidade. Há uma interatividade hiperativa, que faz com que se navegue em diversas páginas simultaneamente, prejudicando o aprofundamento. Não há mais o hábito de ler um livro inteiro e fazer um resumo. Copiam-se as reflexões e opiniões dos outros e monta-se uma colagem de textos já previamente sintetizados, pois esse é o caminho mais fácil.

Como se não bastasse, muitas das informações disponíveis na rede não são dignas de crédito. Nos artigos da Wikipedia, por exemplo, que é uma enciclopédia online na qual o visitante tem liberdade para efetuar qualquer publicação sem abrir mão do anonimato, é escrita uma grande quantidade de bobagens decorrentes de desinformação ou, em muitos casos, má fé. Curiosamente, um famoso site de rede social possui uma comunidade denominada "Eu menti meu perfil no Orkut", da qual centenas de pessoas fazem parte. Ou seja, os próprios internautas admitem que não dão muita importância à veracidade do conteúdo da rede.

Como a internet está intimamente ligada ao aprendizado do jovem atual, são notados alguns reflexos diretos da rede na educação. A escola, por exemplo, deixou de ser a principal fonte de informação, pois essa é facilmente obtida através de outros meios de comunicação. Exige-se mais do professor, que pode ser duramente questionado, o que resulta em duas conseqüências: por um lado, favorece a perda de autoridade do professor; por outro, possibilita a formação de indivíduos mais críticos.

De qualquer forma, a qualidade do aprendizado continua dependendo em grande parte do estudante. A internet fornece meios de incentivar ou aniquilar o potencial do aluno. Cabe ao mesmo a notável tarefa de selecionar os conteúdos a serem acessados, sejam eles informativos, dentre os quais blogs e jornais, ou interativos, como Orkut e MSN.

Se você tem alguma experiência para contar ou algum ponto de vista para defender acerca do tema "Internet", escreva para ensaiolotus@hotmail.com e veja seus comentários publicados no Troca de Fluídos!

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