domingo, 8 de junho de 2008

Troca de Fluidos

Violência escolar: vício por excesso ou por necessidade?
Por Pier Francesco De Maria

Todo dia, ouvimos, lemos, presenciamos fatos de violência que envolvem os chefes de grupo e os mais “fracos”. Todo dia entramos em um banheiro masculino e vemos aqueles símbolos de gangues, inspirados em filmes americanos e em máfias internacionais. A cada dois pátios alguém se machuca por não ser parte “daquela” gangue, ou até mesmo porque “alguém disse que ele roubou a refeição do amigo do chefe”.
Por que será que tanta violência nos circunda? É vício, querer ser mais fortes aos olhos dos outros? Isto é, é um vício ser maldoso só em grupo, pois tem excesso de maldade, e queremos ser os “salvadores” de uma pátria que jamais nos pertencerá, ou por que sentimos a necessidade de nos afirmar num contexto que nos excluiria se fossemos “ficar na nossa”?
Enquanto eu, você, e todos os que nada tem a ver com isso estão lendo estas poucas linhas, outro menino nos EUA foi morto por uma gangue de escola, a golpes de revolver. Depois dizemos que o mundo não é justo. Claro que o mundo não é justo: quando vemos alguma coisa acontecendo, sabemos que podemos fazer algo para evitar isso, mas viramos a cara, estamos ajudando o mal via conivência.
E, no entanto que você pensa: “O que esta pessoa quer de mim? Deixe-me em paz!”, um menino foi espancado por “roubar” a namorada do inimigo.
Nada como um dia atrás do outro... de olhos fechados para o mundo.

Um comentário:

Juliana Zero disse...

Píer,
Parabéns pelo seu texto!
Uma visão muito crítica e muito bem escrito!
Continue participando!
bjs,
JU