Nos dias 29, 30 e 31 de maio de 2008, aconteceu no centro de convivência de Campinas o fórum social para desenvolvimento sustentável, no qual palestrantes de organizações e instituições apresentaram soluções que, embora simples, possibilitaram a disseminação de idéias e iniciativas. O evento teve como grande desafio disseminar o tema e práticas sustentáveis para um grande número de pessoas. Como atrativo, houve uma programação cultural e artística gratuita associada a preservação do meio ambiente.
A vivência do ser humano na biosfera tem trazido um preocupante desequilíbrio para a natureza e para o ciclo de vida. Tudo o que somos, o que fazemos reflete de alguma forma no meio ambiente, o qual precisamos para sustentar a existência do homem e da própria vida. Hedonistas, a espécie Homo sapiens se preocupa somente com a vida de prazeres mundanos sem pensar de modo crítico e responsável no dia de amanhã.
A preservação do meio ambiente têm ganhado espaço em debates atualmente, porém a situação caótica exige ações mais efetivas. Antigamente não havia tanta conscientização popular em relação a esse tema, obrigando a nova geração a trazer consigo a responsabilidade de preservar o ambiente em que vivemos, mas ao mesmo tempo de rever a situação atual e o pensamento comum.
De nada adianta saber que mudanças climáticas (e com elas mortes por milhão) estão vindo. Parece que o problema só será considerado uma ameaça eminente quando estiver "batendo na porta da casa" de cada um, e para muitos isso já está acontecendo. Enchentes, secas, tempo instável entre muitas outras mudanças que alteram lentamente, porém de forma definitiva, o cotidiano das pessoas.
Governos interessados em mudar, conferências, ongs e organizações em prol do meio ambiente contribuem, mas não conseguem alcançar a raiz do problema: O costume. Vai de jogar papel no chão ã omissão e alienação dos problemas que nos rodeiam. A partir disso, o capitalismo, política que muitas vezes privilegia o lucro em detrimento de recursos naturais, é incentivado e financiado por seus consumidores, levando a exploração desenfreada e irresponsável com consequências no mínimo desastrosas. Ou seja, o problema se dá na falta de consciência popular.
A vida não se trata de "aproveitar o dia de hoje, porque talvez não haja amanhã". A vida se baseia em ciclos contínuos, focados na reprodução, originando novos ciclos e mantendo a vida terrestre. Se trata de construir o amanhã a partir de hoje. Sendo assim, o ciclo de vida estará seguro e a harmonia entre o homem e o meio em que vive estará garantida.
Por Mat Guzzo e Mary Ueta
Um comentário:
Não haveis de se parar...
Continuai assim, pois a objetividade e profundidade dos textos é superior a de alguns periódicos que por afora circulam.
A questão da consciência ambiental foi óptimamente resumida na exemplificação do ciclo contínuo da vida.
Realmente, dever-se-ia viver para que pudesse-se cumprir uma "lemniscata", um conjunto infinito, aonde teve um começo, mas sem fim. Mas, nos dias de hoje, é claramente perceptível como esta cadeia está se alongando tanto, até chegar a um ponto de quebra irreparável. Isto por quê nós queremos construir o hoje a partir do amanhã, E NÃO o amanhã a partir de hoje.
A quem leu a coluna, e está lendo esta "carta do leitor", gostaria de fazer uma pergunta: "Você vive pensando no seu hoje o no seu amanhã?"
Mais uma vez, parabéns à Mariana e ao Matheus. Vocês, como todos os outros, estão fazendo este jornal valer a pena!
Com carinho,
Pier Francesco
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