Sexo, Drogas e Rock’n Roll
Nos dias 15, 16 e 17 de agosto de 1969 acontecia em uma fazenda em Bethel (NY) Woodstock, o festival de música e artes mais famoso de sua época. Planejado para apenas 50 mil pessoas, mais de 400 mil compareceram (a maioria até mesmo sem pagar ingresso). A união de folk, rock e blues music marcou o auge da era hippie e sua principal bandeira: a contracultura, que consistia em opor-se ao modelo de sociedade vigente, com o qual os jovens não se identificavam. O grito era pela liberdade.

A contracultura desencadeou uma revolução contra vários conceitos pré-concebidos pela sociedade, dentre eles a sexualidade, que ganhou novas dimensões com o lançamento da pílula anticoncepcional em 1960. A imagem do sexo, antes ligada estritamente à reprodução, compromisso e duramente condenada culturalmente, se torna muito mais liberal e o prazer de ambas as partes era valorizado.
Além disso, significou a emancipação econômica e sexual feminina, que conquistou sua posição de “sujeita de si mesma” e reinvidicou por igualdade de direitos, salários e decisões. Estava pronta a geração, tanto de homens quanto de mulheres, que se uniu através do sexo, drogas e rock’n roll para destruir os pilares do “antigo regime”.
Apesar das diversas conquistas daquela geração, dentre elas a implantação de um sistema radicalmente fora dos padrões, que não perdurou por muito tempo, é irrefutável que devemos a atual liberdade sexual à este grande movimento.
O processo das grandes revoluções se d á como um pêndulo. Foi necessário levá-lo até o extremo do sexo livre para depois o pêndulo encontrar o seu novo ponto de equilíbrio entre os extremos. Porém isso não significa que a nova posição seja perfeita, nem muito menos estática, logo ainda temos vários degraus a galgar rumo ao equilíbrio mais compatível com as necessidades da sociedade e na luta contra os extremos da banalização e preconceito sexual que ainda remanescem.
Por Mary Ueta e Mat Guzzo
Jimi Hendrix no Woodstock
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